ABSTRACT
Objetivou-se avaliar o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados na dieta de crianças de 0 a 24 meses, que estejam em alimentação complementar. Tratando-se de um estudo transversal realizado durante o período de maio a julho de 2016, com os responsáveis por lactentes de 0 a 24 meses, frequentadores de 5 UAPS das regiões central e oeste do município de Juiz de Fora- MG. Foram coletados dados socioeconômicos e dados referente ao consumo alimentar, através de um questionário semiestruturado de frequência alimentar que contemplava questões sobre o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados usualmente ingeridos pelo público alvo. Utilizou-se o programa SPSS 19.0 para proceder as análises estatísticas. O nível de significância adotado foi de 5%. A amostra foi constituída por 112 indivíduos, cuja mediana de idade era de 13 (1-24) meses, desses, 50% eram do sexo feminino. As famílias apresentaram renda mediana de 2 (1-5) salários mínimos. Foi constatado que 42% e 20% dos lactentes não consomem carnes e verduras diariamente. As crianças que não consomem verduras diariamente, apresentaram mediana de idade maior do que aquelas que consomem diariamente. Também foi encontrado uma variação do consumo de acordo com a renda familiar, e as crianças que consomem frutas, legumes e verduras diariamente, apresentam mediana de renda maior do que aquelas que não consomem tais alimentos diariamente. Os resultados encontrados reforçam a necessidade de ações efetivas para estimular o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, entre os lactentes.
The objective was to evaluate the consumption of fresh or minimally processed foods in the diet of children from 0 to 24 months, who are in complementary feeding. This was a cross-sectional study carried out between May and July 2016, with those responsible for infants between 0 and 24 months, attending 5 UAPS in the central and western regions of the municipality of Juiz de Fora- MG. Socioeconomic data and food consumption data were collected through a semi-structured food frequency questionnaire that included questions about the consumption of fresh or processed foods usually consumed by the target population. The SPSS 19.0 program was used to carry out the statistical analyzes. The level of significance was 5%. The sample consisted of 112 individuals, whose median age was 13 (1-24) months, of which, 50% were female. The families had a median income of 2 (1-5) minimum wages. It was found that 42% and 20% of infants do not consume meats and vegetables daily. Children who do not consume vegetables on a daily basis have a median age greater than those who consume daily. A variation of consumption according to family income was also found, and children who consume fruits and vegetables daily have a median income higher than those who do not consume such foods on a daily basis. The results found reinforce the need for effective actions to stimulate the consumption of in natura or minimally processed foods among infants.